sexta-feira, agosto 26, 2005

Viver à Força




















Sinto-me preso à vida!
Quero me libertar desta prisão!
Alguém que me corte as amarras,
Quero sair desta confusão!

Puxam-me para baixo,
Para mais que bem fundo.
Quero subir, quero fugir,
Quero abraçar o mundo.

Estas correntes que me prendem
Vão ser destruídas mesmo à força.
Há quem seja escravo da sua vida,
Mas eu farei dela minha moça.

Mais tarde ou mais cedo
Vou me libertar!
Não sei se vencerei o medo,
Mas pelo menos vou tentar.

Eu grito, eu puxo, eu esforço-me!
Mas não me deixam partir…
Não me deixam sair…
Fico cansado de tanto fugir.

Por mais que tento viver
Mais cordas me amarram,
Mais correntes me prendem,
Mais ilusões me arrastam…

Quero desistir, mas não o farei!
Não lhes darei esse doce prazer
Que tanto insistem e anseiam
Por fazer sofrer.

Não quero continuar!
Por favor… deixem-me ficar!
Estou cansado de tanto lutar
Para nada alcançar.

Nesta maldita existência insonsa
Não há maneira de pôr um fim.
Se houvesse uma solução
Não estaria a sofrer assim.

É melhor me calar!
Parar de me lembrar
Daquilo que tento esquecer,
Daquilo que finjo estar a lutar.

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