
Perdido, desencontrado,
À busca de algo mais,
Deixo me levar neste sono,
Nesta morte lenta,
À procura de paz.
Mas calma não encontro!
Apenas dou de caras com desalento.
Não sei se vivo ou se morro…
Estou farto deste tormento!
Por muito que nade contra a corrente,
Fico sempre no mesmo lugar.
Será melhor parar, flutuar,
Ou então deixa-me afogar.
Se sinto ou não,
Já não importa!
Quero é acabar com isto!
Pôr fim a este sonho,
A este pesadelo que resisto.
O peso nos meus ombros
É cada vez maior
E minha aflição crescente.
Não sei que se passa comigo…
Só sei que já não sou contente.
Sou laranja azeda,
Seara triste
E amarga por dentro.
Sou fruto que não existe.
Nada para me acalmar!
Nada para me fazer viver…
Fecho então os olhos
E chorando
Deixo-me morrer…